O livro Achados e Perdidos me chamou atenção primeiramente por ser sobre uma garotinha de 7 anos, o que achei um tanto peculiar, afinal, é um livro para jovens e adultos com uma criança protagonista. Mais tarde fui perceber que não só esse fato é peculiar, mas tantos outros ao decorrer da história.
Millie Bird tem apenas 7 anos, mas apesar da pouca idade já passou por momentos difíceis, entre eles, a morte de seu pai. A garotinha é obcecada pelo assunto “morte” e carrega um caderno onde anota tudo que já viu morrer, é o chamado “livro das coisas mortas“. Após a morte de seu pai, Millie vai com sua mãe em uma loja de departamentos à passeio e é abandonada ali. Ela então espera que sua mãe volte e em meio a isso tudo conhece Karl, o digitador, um senhor com 87 anos, e Agatha Pantha, uma senhora de 82 anos que parou de viver depois da morte de seu marido, e passou apenas a existir escondida do mundo.
“Como envelhecemos sem deixar a tristeza tomar conta de tudo?”
A história desencadeia uma reflexão no leitor a respeito de diversos assuntos, entre eles as fases da vida. Percebe-se que as personagens estão no começo e fim, Millie é uma criança e Karl e Agatha são idosos. Millie apesar da pouca idade, já sabe muito sobre o mundo e é capaz de vê-lo de forma simples, trazendo diversas lições ao leitor. Já Karl e Agatha mostram que apesar da idade avançada ainda têm muito o que fazer, encontrar amores, viver aventuras, pois não existe idade certa para isso.
É possível viver através de Millie novamente a infância, ela como qualquer criança é curiosa, está naquela fase em que pergunta sobre tudo e usa sua imaginação quase que a história toda, mas algo que parei para refletir é o tamanho das cicatrizes deixadas pela morte do pai e abandono da mãe, algumas vezes senti como se ela precisasse de ajuda psicológica, pois não tinha atitudes de uma criança comum em determinadas situações. Cada personagem carrega suas perdas e dores. E é aí que o título começa a fazer sentido, ao perceber que cada personagem perdeu algo na vida, mas também encontraram outras, e isso acontece na vida real, há coisas que se vão e outras que você encontra, são achados e perdidos da vida.
“Ele tá morto, só isso. Ponto final. Você tá vivo e depois tá morto e é isso, acabou.”
Muitas vezes o livro toma rumos inesperados e me surpreendeu muito, no entanto achei que a leitura não fluiu tanto, demorei um pouco para terminar o livro, pois achei algumas partes cansativas. A capa do livro é linda e já trás consigo a mensagem de ser um livro com assuntos um pouco mais pesados, a serem refletidos. Apesar de não ter fluido como esperava, recomendo o livro por ser algo muito reflexivo.
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Beijos
Oi,
Adorei a resenha, me parece um livro muito bom.
Indiquei o blog para responder a TAG ”Com que livro eu vou”…. Se quiserem fazer, o link é esse:
http://livrosperfeitosmsoffiati.blogspot.com.br/2016/12/tag-com-que-filme-vou.html
Beijos!
Olá Maria, que bom que gostou 🙂 Indo ver a tag agoraaaaaa! Obrigada por nos indicar. Beijoss
Olha só, não conhecia o livro, mas fiquei apaixonada pela temática e por ter uma criança como protagonista. Uma criança que, ao que parece, é mais sábia que muitos adultos. Gosto muito de livros mais reflexivos e acho que iria gostar muito dessa leitura. Foi para wishlist!
Beijos,
Aline – Livro Lab
Fico muiito feliz que tenha gostado!! ❤